Objetivos

Objetivos:

* Promover o crescimento espiritual na mulher de Deus nos dias de hoje;
* Estabelecer vida de Deus nas famílias através das mulheres que serão restauradas neste ministério;
* Gerar compromisso e caráter cristão na mulher evangélica.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Parte I - Medo De Não Proteger Meus Filhos

Meu filho está em perigo


Não tenhas medo;
tão somente creia, e ela será curada.
Lucas 8:50


Ninguém me disse que os recém-nascidos fazem barulhos durante a noite. Durante a noite toda. Eles gorgolejam; eles arfam. Eles choramingam; eles reclamam. Eles estalam os lábios e supiram. Eles mantêm o papai acordado. Pelo menos Jenna me manteve acordado. Eu queria que Denalyn dormisse. Graças a uma mistura de remédios, o descanso dela pós-parto foi pouco. Então, na nossa primeira noite em casa com a nossa primeira filha, eu me ofereci como voluntário para servir, sendo o primeiro a atender aos chamados do nosso bebê. Embrulhamos os nossos três quilos e setecentos e cinquenta gramas de beleza em um lençol rosa macio, a colocamos no berço e o colocamos ao meu lado da cama. Denalyn caiu logo em um sono profundo. Jenna seguiu o exemplo de sua mãe. E o papai? Este pai não sabia o que entender dos barulhos de bebê.
          Quando a respiração de Jenna diminuía, eu punha a orelha bem perto de sua boca para ver se ela estava viva. Quando a respiração dela acelerava, eu procurava "hiperventilação infantil" na enciclopédia médica da família. Quando ela gorgolejava e ofegava, eu também o fazia. Depois de duas horas eu percebi: Não tenho idéia de como me comportar! Levantei Jenna da sua cama, levei-a para a sala do nosso apartamento e me sentei em uma cadeira de balanço. Foi aí que um tsunami de sobriedade me atingiu.
          "Estamos responsáveis por um ser humano."
          Não importa o quão durão você seja. Você pode ser um paraquedista especializado em skydiving  em grandes altitudes detrás de linhas inimigas. Você pode passar cada dia tomando decisões multimilionárias de mercado em frações de segundo. Não importa. Todo pai ou mãe congela no momento em que sente a força total da paternidade
          Eu congelei.
          Como eu fui me meter nisso? Refiz meus passos. Primeiro veio o amor, depois o casamento, depois vieram as conversas sobre filhos . É claro que eu estava aberto à idéia. Principalmente quando eu pensei na minha parte no esforço total. De alguma forma, durante o projeto de expansão de nove meses, a realidade da paternidade não me pegou de jeito. As mulheres estão concordando e sorrindo. " Nunca subestime a densidade de um homem", vocês dizem. É verdade. Mas as mães têm uma vantagem: 36 semanas de lembretes dando cotoveladas dentro delas. O nosso chute no estômago vem depois. Mas ele vem. E para mim veio na calada da noite na sala de estar de um apartamento no Rio de Janeiro, Brasil, enquanto eu segurava um ser humano nos meus braços.
          O caminhão da paternidade vem carregado de medos. Tememos falhar com a criança, esquecer a criança. Teremos dinheiro suficiente? Respostas suficientes? Espaço suficientes nas gavetas? Vacinas. Educação. Dever de casa. Visitas à escola. Isso basta para manter um pai acorado à noite.
          E embora aprendamos a cooperar, um apiário de perigos zumbe no fundo. Pense na mãe que me telefonou ontem à noite. Uma batalha esta sendo travada pela guarda de seu filho de dez anos. Os tribunais, o pai, a mãe, os advogados __ estão esticando o menino como chiclete. Ela não sabe se o filho vai sobreviver ao martírio.
          Assim como os pais da filha adolescente que teve um colapso em um treino de vôlei. Ninguém sabia sobre seu problema de coração ou sabe como ela vai ficar. Quando oramos ao lado da cama dela, as lágrimas de sua mãe deixaram círculos nos lençóis.
          Pelo menos eles sabem onde seu filho esta. A mãe que ligou para a nossa igreja pedindo orações não o sabe. Sua filha, no terceiro ano do ensino médio, fugiu com um namorado. Ele curte drogas. Ela também. Os dois estão em apuros. A mãe implora ajuda.
          Destilarias de medo produzem uma mistura de alta octanagem para pais __ uma dose básica, de tirar o pulso e revirar o estômago. Quer mamãe e papai mantenham vigília na unidade neonatal, façam visitas a uma prisão juvenil, ou escutem uma batida de bicicleta e o grito de uma criança na entrada da casa, sua reação é a mesma: "Tenho que fazer algo." Nenhum pai consegue ficar parado enquanto seu filho sofre.
          Jairo não conseguia.


          Quando Jesus voltou, uma multidão o recebeu com alegria, pois todos o esperavam.   
          Então um  homem chamado Jairo, dirigente da sinagoga, veio e prostou-se aos  pés
          de Jesus, implorando-lhe que fosse à sua casa porque sua única filha, de cerca de
         doze anos, estava à morte. Estando Jesus a caminho, a multidão o comprimia      
          (Lucas 8:40-42) 



          Jairo era um líder comunitário em Cafarnaum, "um dos dirigentes da sinagoga" (Marcos 5:22). Prefeito, bispo e ombusdman, tudo de uma só vez. O tipo de homem que uma cidade enviaria para receber uma celebridade. Mas quando Jairo se aproximou de Jesus no litoral da Galiléia, não estava representando seu vilarejo; estava implorando em nome de sua filha.
          A urgência eliminou as formalidades dessa saudação. Ele não fez nenhuma saudação nem deu nenhum elogio, apenas uma prece de pânico. Mais adiante, o evangelho diz: "[Jairo] prostou-se aos seus pés e implorou insistentemente: " Minha filhinha esta morrendo! Vem, por favor, e impõe as mãos sobre ela, para que seja curada e que viva" (Marcos 5.22,23).




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